quinta-feira, 3 de junho de 2010

O que os olhos não vêem...

Perca seus dedos para que seus versos não mais me atordoem, atormentem!
Fure meus olhos para que eu não te reconheça!
Me envelheça como vinho para que a ressaca venha com o alzaimer ou apenas lembre-se do que eu pedi: Uma garrafa de diversão, com um extenso poema dentro, enviada de forma inteligente e diferente ao meu endereço, ao meu berço.
Nada pequeno, nada subtendido, quero algo grande, digno de ser lembrado e tragado num único gole seco. Nos pequenos frascos estão os piores perfumes, não me venha com mediocridade. Não me ofereça apenas um pedaço ou serás devorado por inteiro. Nem se aproxime, não vou lhe dizer meu nome, nem quero saber o seu.
Vá caçar em outro lugar, saia de meus terrenos, saia de mim.
Obsseção, pelo tempo já obsoleta.
A globalização cada vez mais alimenta a insanidade, mas quanto mais insanos ficam os habitantes desta selva, mais sinto fome...

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