segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Just in love



Eu andava me fazendo muitas interrogações?
Leonina em dobro, quando não recebia respostas saía por aí cheia de exclamações!
Mas depois de toda tempestade, vem a calmaria com suas reticências...
Como toda fonte que um dia se esgota, as ruas secaram e eu pude perceber o que estava muito difícil de ver.
Talvez o copo ainda estivesse meio cheio e com um sorriso de canto de boca entendi tudo.
O veneno na dose certa poderia ser a cura.
Finalmente pude sentir os raios de sol tocando meu rosto e ofuscando as nuvens que aos poucos iam dissolvendo.
Eu percebi que foi a primeira vista. O céu estava diferente.
Ele era puro e lindo, romântico, colorido, profundo e vivo.
E o céu nada mais tinha a me oferecer. Eu não poderia guardá-lo, não poderia tocá-lo.
Não podia nem morar nele, como desejava... Mas nada disso mudava o fato de que era especificamente aquele céu, que nasceu daquela forma, naquele dia, que me cativou.
Eu estava apaixonada pelo céu e nada mais poderia fazer, a não ser aproveitá-lo até o anoitecer e vê-lo partir.
Me deitei de frente pra ele e resolvi curtir até a última cor se apagar, admirando ele e o que ele me despertava.
Me deleitaria até o último raio e saborearia a sensação de uma paixão que nada poderia me dar, mas que eu ainda queria, só por ter me feito flutuar.
Sem medo, sem hesitar, sem exigir, sem reclamar, sem fingir ou cobrar. É a verdade e ponto.
Percebi que gostava tanto, que me bastava o fato de eu tê-lo visto, dele existir.

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