A primeira resposta sai como um arfar cansado,
caso eu tenha que escolher um só lado.
Me afirmam o que são.
Primeiramente observo numa panorâmica que se aproxima lentamente.
De forma que quando vejo o olhar, já não creio no que diz ser.
Perco o interesse e volto o olhar para mim perguntando:
-E hoje, qual das minhas quero ser?!Se precisasse decidir, me diria turista,
mas o que sobra em estranhamento deste lugar,
falta em desapego de onde eu queria estar.
Me disseram que o tempo dirá o que sou...
O tempo, como bom político que é,
Sempre vem com as mesmas promessas,
de que o futuro sempre tem as respostas.
Passando a bola e lavando as mãos...
O problema é que quando o futuro chega, vira presente.
O presente, nunca lembra o que o futuro iria mostrar.
Então nada mais tenho a dizer...
este faz questão de se manter inalcansável.
Me contento com este nostálgico presente.
Máquina do tempo quebrada...
que só anda de ré...
em circuito fechado...
alta velocidade...
Vou lhe arguir sobre quem és.
Não me responda que o tempo dirá.
Já não creio nessas besteiras atemporais.Só guardo o que vejo e o que sinto.
Todo o resto é perecível.
Bons tempos que não voltam mais...